terça-feira, 29 de março de 2011

A psicologia ou as psicologias ?!


A madrugada desta segunda – feira (28-03-2011) foi a minha inspiração, comecei a ler o texto e quando percebi já havia terminado e já estava “bolando” na minha mente como iria fazer minha postagem!
“De psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco”.
Este é o dito popular que explica o domínio da psicologia no nosso dia-a-dia, o quanto ela é usada no nosso cotidiano. Atire a primeira pedra... Quem nunca deu uma de “psicóloga” para uma amiga quando ela mais precisou? Qual mulher nunca tentou entender o pensamento do homem? Essa psicologia usada nesse sentido é denominada psicologia do senso comum.
Queridos Conversadores! Para sabermos o que é ciência, precisamos distinguir do chamado senso comum:

Senso Comum X Ciência
Diríamos que o senso comum não se caracteriza pela investigação, satisfaz-se com o imediato, esse tipo de conhecimento (Saber o momento certo de atravessar uma avenida; O que seria bom para a cura de certas doenças; Como conquistar aquela pessoa que desejamos; etc.) que são acumulados de geração para geração é chamado de senso comum. È caracterizado pela subjetividade e submete o conhecimento adquirido (através da observação ocasional) a superstições, fé, dogmas, ou seja, constrói uma realidade espontânea. Já a ciência constrói a sua realidade com base na observação sistemática através de instrumentos, fatos, na experimentação e, sobretudo na razão, ou seja, refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método ciêntifico. A frase mais interessante pra mim encontrado no texto que se refere a “ciência” é: “Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança”. A ciência tem como característica “Aspirar a objetividade”:

“A ciência aspira pela objetividade ao tentar superar as condições subjetivas, marcadas pela nossa sensibilidade ou idiossincrasias. São objetivas porque a ciência é uma instituição social em que as atividades de cada cientista, como membro de uma comunidade intelectual, estão sujeita a crítica dos demais.” (Aranha e Martins, p.172)

Qual é realmente o objeto de estudo da nossa querida “Psicologia”?

- Seria o comportamento Humano!?
- Ou é o Inconsciente?!
- Ou é a consciência humana?!
- Ou ate seria a personalidade?!


Com essa diversidade de objetos, entende-se que essa situação leva-me a questionar a caracterização da psicologia como ciência e a solicitar que no momento não existe uma psicologia, mas “Ciências psicológicas” embrionárias e em desenvolvimento.
A psicologia colabora com o estudo da subjetividade que é considerada a contribuição para a compreensão da vida humana:

“Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em todas as suas
Expressões, as visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos
sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas
(Porque somos todos assim) – é o homem corpo, homem-pensamento,
homem-afeto, homem-ação e tudo isso esta sintetizado 
no termo subjetividade”

            A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar etc. È o que constitui o nosso modo de ser:
Por exemplo: Sou Géssika thissiany, sou filha de Brasileiros, adoro matemática, curto forro e axé, estudo, sou flamenguista fanática, hobby: Internet, ou seja, cada pessoa tem sua singularidade.

            Hoje, a psicologia ainda não consegue explicar certas coisas sobre o homem, pois é uma área da ciência relativamente nova, o “homem” está em movimento e em transformação, gerando novos caminhos para a psicologia, a ciência é na verdade um exercício de diálogo entre o pensamento humano e a realidade. Nesse sentido, tudo o que ocorre com o homem é motivo de interesse para a ciência, que deve aplicar seus princípios e métodos para construir respostas.


Ciência e Senso Comum



Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência. Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método cientifico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.

Mais esta mesma psicologia tornou-se acessível a todos, o que originou o que chamamos de Psicologia do Senso Comum.


“Método informal utilizado por gerações de uma sociedade para formular conclusões estáveis e que se exprimem, por exemplo, por provérbios.”
A psicologia do senso comum é frequentemente utilizada por todos nos no dia-a-dia, tanto para explicar o nosso próprio comportamento como para explicar o comportamento dos outros.
Esta psicologia baseia-se nas experiências pessoais e nas lembranças de cada um. Varia de época para época, devido aos conhecimentos que são transmitidos à maioria das pessoas dessa mesma época.
O problema da psicologia do senso comum é que ela não permite avaliar questões complexas, só permite avaliar e resolver questões relativamente simples.
“Conjunto de opiniões tão geralmente aceites em época determinada que as opiniões contrárias aparecem como aberrações.”
Em todas as épocas há sempre uma minoria de indivíduos, com mais conhecimentos que possuem uma psicologia do senso comum mais desenvolvida. Estes indivíduos normalmente não são muito bem aceites pela sociedade.
O que a diferencia da psicologia científica é o uso de recursos e “provas” que evidencie a veracidade do que se fala.

 

Concluímos então que:

 

 Psicologia Científica

Baseia-se nos sentidos e, por isso, acredita em tudo o que vê e sente, a psicologia científica é mais incrédula e procura através do raciocínio e dos métodos experimentais comprovar aquilo que os sentidos mostram. A ciência é um método de pesquisa...

Psicologia do Senso Comum

 “Método informal utilizado por gerações de uma sociedade para formular conclusões estáveis e que se exprimem, por exemplo, por provérbios.” A psicologia do senso comum é frequentemente utilizada por todos nos no dia-a-dia, tanto para explicar o nosso próprio comportamento como para explicar o comportamento do próximo.

Você é um psicólogo, sabia?


É engraçado como alguns não gostam de psicologia e por isso nem se dão conta que usam ela no seu dia-a-dia. Coisas simples do nosso cotidiano estão diretamente ligadas a psicologia e nem nos damos conta disso. Quer ver? Falamos tanto em Senso comum ou psicologia do senso comum, mais será que sabemos o que é isso?

Para Marcello FERNANDES; O senso comum é este saber empírico e imediato que adquirimos espontaneamente sem nenhuma procura sistemática ou metódica e sem qualquer estudo ou reflexão prévia. Ou seja, está relacionado ao conhecimento da realidade, aquele conhecimento que vamos acumulando no nosso dia a dia, intuitivo, baseado em tentativas e em erros. O senso comum percorre um caminho que vai do hábito à tradição, que passa de geração em geração. Integra o conhecimento humano. Exemplo: Esfregar um dos dedos na mão até esquentar e por em cima do "ter-sol" acaba com ele; Chá de camomila acalma; Gatos de três cores são fêmeas. Não há provas cientificas sobre isso, porém todos nós indicamos isso para os amigos, ou ate mesmo praticamos isso.
Este também é chamado de Psicologia do Senso Comum, esta compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Por isso é comum dizer que todos nós temos um pouco de psicólogos, ou vai me dizer que você nunca usou termos que se referem à psicologia no seu cotidiano?
Acho muito difícil você não ter usado. Alguma vez você já disse pra sua namorada; “VOCÊ É MUITO NEURÓTICA”; ou disse pra sua irmã; “GAROTA DEIXA DE SER HISTERICA”?
Se sua resposta foi sim, sinto em te informar: Você já usou sim termo da psicologia em seu cotidiano.
O fato de usarmos esses termos não quer dizer que sejamos psicólogos, mais nesses momentos estamos usando nosso senso comum. Nem sempre ele está correto, pois não se tem uma base de estudos, uma base científica. O psicólogo que há dentro de nós é diferente daquele que estudar para ser um psicólogo. Nós nos deixamos levar por experiências vividas e não por conhecimentos pré adquiridos, mas nem por isso deixamos de “dar uma de psicólogos”.

Caros conversadores meu lado psicólogo deixa um conselho para vocês: COLOQUEM SEMPRE O PSICÓLOGO QUE HÁ EM VOCÊ PARA FORA! VIVA, QUESTIONE, BUSQUE SEMPRE NOVOS CONHECIMENTOS.

Abraços.


Caracterização do senso comum.


      O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objecto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do "conhecer".
      [...] Pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular, latu sensu, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato directo com as coisas e os seres humanos: "é o saber que preenche a nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem haver reflectido sobre algo" [...]. O conhecimento popular caracteriza-se por ser predominantemente:

superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como "porque o vi", "porque o senti", "porque o disseram", "porque toda a gente o diz";
sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza as suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvir dizer";
assistemático, pois esta "organização das experiências não visa uma sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.
 
 
(E. Lakatos, Metodologia Científica, São Paulo, 1986)

Blogando minha subjetividade...


Lembro bem daquela aula...  Era dia 23 de março de 2011, minha professora de psicologia, que por sinal é ótima !!! Explicava o que é subjetividade e objetividade, com a ajuda de muuuitos exemplos do nosso cotidiano que nos ajudaram a entender bem o que significavam essas palavras.
Enquanto Luciana (a professora) explicava o assunto, eu fiquei pensando cá com meus botões, o que há de subjetivo em mim? Segundo a professora, as emoções, os sentimentos, os pensamentos etc, são exemplos de coisas subjetivas... Então após essa explicação a minha resposta ficou fácil: A paixão que sinto pelo meu namorado, é claro!
A verdade é que os aspectos singulares da subjetividade de Neto (meu namorado), como seu jeito de falar apaixonadamente sobre fenômenos físicos, seu jeito comportado de ser, seu jeito único de ser, fizeram com que eu me apaixonasse tanto por ele.
Pode até parecer bobo, mas demonstrar esse sentimento é muito importante pra mim. 
Ops... Mas, deixar por escrito o que sinto num seria objetivar a subjetividade? Claro que sim!  Pois à medida que demonstro uma emoção (coisa subjetiva) a torno algo objetivo, pois  materializei o que sinto.
Ai ai, esse assunto fica tão divertido e romântico quando o aplico à minha realidade, espero que venham mais assuntos como esse durante as aulas de psicologia. 

Subjetivar a objetividade e Objetivar a subjetividade

             
            É comum depararmos, em nosso cotidiano, com frases do tipo: Seja objetiva! Quando se almeja receber uma mensagem objetiva, externa à consciência, resultante de observação imparcial ou independente das preferências individuais. E frases do tipo: Aquele texto era muito subjetivo!Quando se quer dizer que o texto era próprio do sujeito ou a ele relativo;que pertence ao sujeito enquanto ser consciente; que é do domínio da consiência; que é próprio de um ou mais sujeitos, mas não é válido para todos;aparente;ilusório;aquilo que é subjetivo.
           A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo é composto por emoções, sentimentos e pensamentos, ou seja, é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar de cada um de nós. É através dela que nos relacionamos com outras pessoas. Já a objetividade "ao pé da letra" é o que realmente “pretendemos”, é aquilo que a consciência desperta do homem encontra primeiramente em todos os sentidos (A palavra é considerada objetiva).
            
A psicologia costuma classificar Objetividade e Subjetividade em visível ou invisível e em aspectos singulares e aspectos genéricos.

Visíveis- São as demonstrações ou representações da subjetividade que há em nós, ou seja, são o que chamamos de objetividade. Ex.: expressões, linguagem...
Invisíveis- São aqueles que não podemos ver, ou seja, são as coisas subjetivas. Ex.: Emoções, pensamentos... 
Já os aspectos fazem relações tantos com as características visíveis como com as invisíveis.

Aspectos singulares-  O que nós faz únicos, ou seja, o que nos diferem dos outros. Ex.: Nossa forma de pensar, a maneira em que nos comportamos em algum lugar ...
Aspectos genéricos- O que temos em comum, ou seja, o que nos trás semelhanças. Faz parte do grupo social onde vivemos. Ex.: O estado em que vivemos, a país, características semelhantes...

            Quando falamos na primeira postagem sobre “PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO”, enquanto debatíamos esta frase usávamos nossa subjetividade e nossa objetividade, vejam só, no momento em que éramos questionados, nossa subjetividade estava processando algo para ser objetivado atrás deste questionamento, ou seja, nossa mente processava algo a ser falado. Vejamos agora a frase:
           
Subjetivar a objetividade nada mais é do que os diversos sentidos que se dá à objetividade, a forma como cada um significa suas experiências. Quando subjetiva a objetividade envolve o conhecimento, é a forma como cada um se apropria do mundo.  Ex.: Suponhamos que 3 pessoas estejam vendo uma corda.
A 1ª pessoa associa a corda a uma rede, imagina uma bela rede sendo aramada em frente a uma bela praia; a 2ª pessoa vê a corda e imagina uma cabra, pois no sítio do avô dela a cabra é amarrada com uma corda; a 3ª pessoa vê a mesma corda e imagina-se cometendo um suicídio; pois ela viu em um filme o protagonista fazendo isso. Observe que é o mesmo objeto, porém, descrito de três formas diferente.
Objetivar a subjetividade é a materialização dos aspectos invisíveis. A subjetividade não é estática e sim “dinâmica”, quando você objetiva a subjetividade você esta expressando os aspectos internos (Emoções, sensações e etc.).Ex.: Quando um garoto muito apaixonado resolve abrir se coração para uma bela jovem, ele pega um papel, uma caneta e começa a objetivar aquilo que estava subjetivo , ou seja, escrever tudo o que ele sente por ela. Quando ela lê a carta ela estará subjetivando algo, pensando em algo, e quando ela diz: “AMEI A CARTA, MAIS SOMOS APENAS AMIGOS”. Ela objetivou o que estava subjetivo, falou o que estava pesando.
            Caros CONVERSADORES esperamos que tenham entendido um pouco sobre subjetividade e objetividade, outras conversas virão, abraços.